28 dezembro, 2006

 

Atividade 11 - Reflexões sobre a Educação no Brasil


No Brasil, existem inúmeras leis que tratam de educação, no entanto poucas são cumpridas na íntegra. Penso que a educação obteve vários progressos, mas ainda há necessidade de muitas mudanças.
São fatos históricos, as lutas e debates, em torno da educação pública, que inicialmente era subordinada a Igreja católica, posteriormente ao Império e atualmente a República.
A educação no Brasil, ainda está marcada pelas desigualdades sociais, sendo visível até mesmo no município em que trabalho, enquanto as escolas urbanas têm laboratórios de informática, quadra esportiva, as escolas do interior ainda não têm nem refeitório.
Na comparação entre as escolas públicas e particulares, vejo apenas uma diferença, a questão dos recursos que sobram nas particulares e faltam na maioria das públicas. No entanto, a qualidade não se faz apenas através dos recursos, e sim na criatividade e na competência do professor em desenvolver suas atividades. Porém, a grande diferença, ou melhor, a injustiça é a questão dos salários recebidos por funcionários públicos, em relação aos funcionários privados, pois afinal de contas, desempenham a mesma função.
A maior necessidade hoje, é o investimento em políticas públicas nas esferas municipais, estaduais e federais, que contemplem realmente os interesses dos cidadãos, e não só o interesse das classes dominantes que fazem questão de manter a população sem instrução escolar, para que futuramente não venham atrapalhar seus planos.

 

Atividade_10 Relato Final

Após ter participado da wikistória, pude perceber que esta é mais uma ferramenta, onde temos a possibilidade de contribuir uns com os outros, trocando idéias, opiniões e também experiências. Achei um pouco complicado para iniciar a minha participação, mas depois, fui adquirindo prática, o que facilitou bastante. Sinto, por ter tido tão pouco tempo para explorar o ambiente, mas o primordial, que foram as colocações e relatos sobre Paulo Freire, contextualizando com nossa prática de ser professor, pude ler e refletir.
Participei fazendo a minha apresentação pessoal, colaborando na sala3 e na sala Alfabetizar, já que faço parte deste time e sou apaixonada pelos alunos pequenos.
Sem dúvida, Freire foi brilhante em suas colocações, posso ver hoje, em minha vivência escolar, muitas de suas falas acontecendo. Em minha prática diária, procuro sempre valorizar os saberes que os alunos trazem de casa, acreditando sempre, que é através da troca que ocorre a aprendizagem, tanto do professor quanto do aluno. Segundo Freire: ?...formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas...?, por isso penso que nossa missão não é apenas a de transmitir conteúdos, mas de tornar o educando um ser social, crítico e transformador da realidade em que vive, considerando a formação moral do mesmo.
De acordo com Paulo Freire ?...reinventar também a forma histórica de lutar.? É uma necessidade dos educadores para reivindicar seus direitos, bem como melhorias para a classe.
Freire destaca a ?qualidade que tem a prática educativa de ser política, de não ser neutra?, sendo preciso assumir posições.
Segundo as reflexões de Freire ?mudar é difícil, mas é possível?, por isso procuro sempre incentivar meus educandos a quebrarem os paradigmas e lutarem para transformarem a realidade em que vive, sempre numa relação dialógica entre professor e aluno.
Esta oportunidade que estamos tendo, de fazer uma graduação, é também segundo Freire, necessária ?para coordenar as atividades de sua classe?, pois é através também do conhecimento científico que podemos aprimorar nossas ações pedagógicas.
Nos relatos dos colegas, vi que estamos nós professores, empenhados em promover mudanças na educação, trabalhando com amor, dedicação e alegria ao desempenhar nosso papel, sempre procurando tornar o aluno sujeito do processo de aprender.

27 dezembro, 2006

 

Atividade_10 Relato inicial


Já havia lido o livro do Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia há algum tempo, mas reli meus resumos para refrescar a memória. Também, visitei os sítios indicados para esta atividade. Porém, realizei a mesma com atraso, encontrando certa dificuldade, pois foi a primeira vez que utilizei esta ferramenta. Acho que a proposta inicial da atividade não foi cumprida, pois as participações estão sendo individuais, e não há uma história onde cada aluno dá continuidade, contribuindo com suas colocações. Realmente é maravilhoso falar em Paulo Freire, seu legado é impressionante, no entanto, vejo que muitos professores lêem/estudam, mas não colocam em prática seus ensinamentos.

04 dezembro, 2006

 

ECS 9

Versão Final

O texto " O ensino e a educação da classe trabalhadora" mesmo sendo um apanhado de obras e idéias escritas e propostas ao longo dos tempos, discute temas muito atuais. Fala sobre a importância da educação na vida do cidadão e sua relação com o trabalho, e também sobre uma sociedade mais justa e igualitária.

A história de luta da classe trabalhadora é longa e não começou hoje, sendo que há décadas os operários sem formação profissional trabalham como máquinas, recebem salários baixos (muitas vezes insuficiente para manterem a familia) e são substituídos após estarem desgastados, ou seja, velhos e cansados. Na educação não tem sido diferente, sua luta por mudanças tem sido ao lado da classe operária e com um objetivo comum, a transformação social e emancipação humana.

Nunca foi interessante o investimento na educação, pois quanto menos formação profissional, menor o custo de produção do operário e mais baixo o preço de sua mão-de-obra, de seu salário. De acordo com F. Engels, na Inglaterra, a burguesia e o estado asseguravam a classe trabalhadora somente a formação prática, substituindo o trabalho escolar e neutralizando as idéias religiosas e a moral em que se movia o ensino, considerando que as escolas em nada contribuiam para a moralidade da classe trabalhadora.

O descontentamento com esses pensamentos, o desprezo pela classe do poder e a miséria, levaram a classe operária a engajar-se em movimentos em prol de mudanças. Então, uma das reformas oferecidas pela burguesia foi a Educação Universal, sendo que cada operário poderia formar-se no maior número possível de atividades industriais, preparando-se para exercer qualquer função; portanto, haveria maior oferta de mão-de-obra, e conseqüentemente uma redução geral de salários.

A educação Técnica da juventude era oferecida de forma descuidada, apenas para manter as aparências, bem como as escolas de promoção para operários adultos, pouco valorizadas. Ao longo dos anos, medidas fiscais foram tomadas com a finalidade de privar os pobres o ingrsso no ensino superior. Em repudio, estudantes protestaram, foram presos ou exilados e as universidades fechadas. Então, formaram-se sociedades secretas, cujos membros eram a juventude escolar russa, em maioria filhos de camponeses e pobres. Revoltas surgiram, e temendo que os estudantes pudessem influenciar, com suas idéias, os camponeses, as autoridades proibiram os mesmos de terem acesso a qualquer função pública nas cidades e também, alguns professores foram exilados e os cursos suspensos.

Para o capitalismo, o mestre-escola só era um trabalhador produtivo quando trabalhava não somente para o desenvolvimento das crianças, mas também para enriquecer o dono da escola. Como será que nós professoras somos avaliadas hoje? Pela nossa competência ou por nossas idéias passivas e simpáticas, que nos calam quando nos confrontamos com idéias contrárias as nossas, porém dos superiores?

Após muitas divergências, o sr Dühring apresentou um plano de estudo para as escolas e a universidade, acreditando, que este era composto por todas as informações que a juventude precisaria saber. Como base fundamental, fornecendo o núcleo de toda a educação ficariam as matemáticas, desde a numeração, adição, até o calculo integral, a astronomia, a mecânica e a física. A botânica e a zoologia, com características descritivas, serviriam de distração, e a química foi completamente esquecida. Buscando mudanças no aspecto estético do ensino, a poesia do passado não foi considerada e a religião foi proibida, assim como a filosofia, pois eram entendidas como algo que incomodaria o cidadão do futuro. Adotaram uma espécie de gramática universal, em forma de língua materna, e consideraram a língua estrangeira desnecessária, esquecendo a importância do entendimento das mesmas para que os homens construam uma visão do mundo, que vai além de suas fronteiras, sobrando então somente as regras técnicas da gramática.

A escola pública do futuro não passaria de um sistema de ensino prussiano aperfeiçoado, retirando da formação técnica toda aplicação prática futura, todo significado que se oferece à produção, ficando com uma finalidade meramente curricular. Passados os anos, será que somos nós a escola do futuro almejada? Nos são impostas tantas regras, tantos conteúdos para serem desenvolvidos, que às vezes esquecemos dos nossos verdadeiros objetivos e acabamos ficando com uma finalidade meramente curricular?

Em "Critica do Programa de Gotha", Marx criticou o partido operário alemão, que exigia educação popular geral a cargo do estado, assistência escolar obrigatória para todos e instrução gratuita. Marx acreditava que a escola não deveria sofrer influência por parte do governo e da igreja, e sim deveria ser solicitado por meio legal o fornecimento dos recursos necessários para que a mesma desempenhasse seu papel, assim como a criação de escolas técnicas (teóricas e práticas) combinadas com as escolas públicas.

A França diante de seu afundamento nacional e ruína financeira, vendo na classe operária uma força popular, nomeou uma comissão encarregada de organizar um ensino primário e profissional, em que todos os instrumentos de trabalho escolar fossem administrados gratuitamente pelos professores, eliminando o ensino religioso de todas as escolas públicas, introduzindo o ensino gratuito e dando o livre acesso da ciência a todos. Educação para todos e freqüência da criança desde cedo na escola; seriam medidas a serem tomadas para a eliminação da propriedade privada. Educação e trabalho produtivo andando lado a lado. Homens cujas faculdades se desenvolvessem em todos os sentidos e com condições de ter uma visão produtiva. Para terem acesso a educação, os jovens poderiam rapidamente recorrer a todo sistema produtivo, passando por diversos ramos de produção, de acordo com as necessidades sociais.

Segundo o modo comunista a sociedade organizada dará a seus membros a oportunidade para desenvolver todos seus sentidos e aptidões, conseqüentemente desaparecerá toda a diferença de classes. Para Marx, seria necessário modificar as condições sociais, com a finalidade de criar um novo sistema de ensino, por outro lado, falta um sistema novo para modificar as condições sociais. Discutia-se já na época, se o ensino deveria ser estatal ou privado, entendendo-se por estatal aquele que se encontra sob o controle do estado. No entanto, a intervenção do estado não é absolutamente indispensável. Em Massachusets o ensino já era municipalizado e o estado participava com uma modesta contribuição financeira. Marx acreditava que o ensino poderia ser estatal, sem no entanto estar sob controle do estado, o qual poderia nomear inspetores para vigiar o cumprimento da lei, sem intrometer-se diretamente no ensino. Estes inspetores podem ser encontrados ainda hoje em nossas escolas, porém com outra denominação, mas com a mesma função. Será que eles cumprem seu papel de fiscalizar ou se rendem ao sistema por falta de capacitação ou medo de perder o cargo, que geralmente é por indicação política?

Continuaram as discussões a cerca do ensino obrigatório e caberia ao congresso decidir. O fato das crianças e mulheres não serem obrigadas a trabalhar não acarretaria em redução de salários e todos colocariam em prática. Havia ainda quem discordasse com o financiamento do ensino por parte do estado e exigia que o ensino superior fosse pago. No conselho geral do AIT, em agosto de 1869, foram discutidas questões como: a gratuidade do ensino; a ratificação da resolução do Congresso de Genebra, a qual exigia a combinação do trabalho intelectual com o físico; que nas escolas só se deveria ensinar gramática, ciências naturais e outras disciplinas, pois estas não levariam os alunos a conclusões sobre religões, partidos ou classes, deixando as mesmas para quando ficassem adultos e para os adultos. Não estará ai o maior obstáculo para alcançarmos as mudanças? Devemos orientar nossos alunos, enquanto crianças , para serem capazes de pensar e refletir sobre sua realidade, para que eles construam seu futuro, organizem a sociedade que querem fazer parte.

Fabiana Veloso Leal

Tânia Maria Cavalheiro Dutra


 

ECS 9

Versão Inicial

O Ensino e a Educação da Classe Trabalhadora
O texto, apesar de um apanhado de obras e idéias escritas e propostas ao longo dos tempos, discute em tema, que se não observarmos as datas, parecem tem sido escrito na atualidade, a importância da educação na vida do cidadão e sua relação com o trabalho e uma sociedade mais justa e igualitária.
Marx e Engels nunca escreveram um texto exclusivamente sobre a educação, porém ao longo de suas obras fazem referências a mesma com opiniões e análises bem significativas.Muitas destas surgiram como crítica ao capitalismo e ao sistema escolar da época devido a falta de atenção as necessidades sociais do mesmo, buscando uma sociedade sem classes, com igualdede e sem relações de dominação, confiando no ensino como instrumento de transformação.
Marx e Engels escreveram num momento em que o desenvolvimento das forças produtivas era reduzido e estendia-se ao trabalho infantil e feminino.
O descontentamento da classe operária, o desprezo pela classe do poder e a miséria levou-os a enganjar-se em movimentos que lutavam por mudanças.Exigiam ensino gratuito e obrigatório para todas as crianças, delimitando sua ação na área do trabalho, assim como das mulheres.Sua preocupação era introduzir um novo tipo de ensino, unindo o trabalho manual ao intelectual.
Uma das reformas oferecida pela burguesia foi a Educação Universal, com a formação de cada operário no maior número possível de atividades industriais, preparando-o para exercer qualquer função, o que em consequência, pela maior oferta de mão- de- obra, levaria a uma redução geral dos salários.
A educação Técnica da juventude era oferecida de forma descuidada, para manter as aparências e as escolas de promoção para operários adultos pouco valorizada.
Após muitas divergências, foi apresentado por Dühring um plano de estudo para as escolas e universidade.Este plano apresentava como disciplinas a serem oferecidas, somente as matemáticas, astronomia, mecânica, física e uma espécie de gramática universal, composta somente por regras técnicas da gramatica.A botânica e a zoologia serviriam de distração, a religião proibida e a língua estrangeira considerada desnecessária.A escola pública do futuro não passaria de um sistema de ensino prussiano aperfeiçoado, retirando da formação técnica toda a aplicação prática futura, todo significado que se refere a produção, ficando com uma finalidade meramente curricular.
Desde o princípio viu-se no ensino, um dos meios fundamentais de dominação ideológica, na visão da classe do poder, porém a classe trabalhadora, assim como Marx e Engels o conhecimento era como uma condição para alcançar a igualdade entre todos os cidadãos.
Tânia Maria Cavalheiro Dutra
Fabiana Veloso Leal

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